
Perder-se na correria e nas expectativas dos outros é fácil, e nessa rotina também acaba sendo fácil fugir de si mesmo. Quando arrumar tempo para olhar para dentro? Como olhar para dentro sem gerar um desconforto intenso?
Viver pede pelo desenvolvimento da arte das doses.
Tatear e olhar para si com dosagem requer coragem.
Utilizar, na medida, a autocrítica para colocar em evidência os pensamentos e condutas.
Pontuar, com cautela, a compreensão sobre quão mediano posso ser se eu for me comparar com o que me cerca.
Reconhecer, na finitude, o quanto pode ser necessário ter um posicionamento para reinventar maneiras mais saudáveis para conviver com o outro.
Entender, na prática, que me manter como sou e sem nenhuma perspectiva de mudanças e melhorias me impede de crescer na vida.
Por em prática, quando possível e pertinente, o que aprendo no decorrer dos meus dias com as mudanças que passei.
Aprender a dosar o que passa pela autopercepção, autoconceito, autoestima, autoconhecimento e autodescoberta requer que eu possa me reconhecer quando olhar no espelho.
Pede que eu possa identificar e acolher minhas dores e fragilidades, compreendendo que sou apenas humano. Identificar os erros, me propor a mudança, aprender a reconhecer minhas vitórias, cultivar felicidades e construir uma vida com mais autenticidade.
Dosar requer coragem e comprometimento comigo mesmo.
Inspirado em trechos do livro “Escute, Zé-ninguém!” do Wilhelm Reich.