Eu não escuto música no dia-a-dia, nem podcasts e vídeos que exijam muita atenção e explorem conhecimentos difíceis, principalmente se estou no meu descanso.
Gosto do silêncio, de ter meus pensamentos, focar no momento, fazer o que preciso enquanto gerencio as vozes da minha cabeça, meu eu interior em bagunça e em multidões.

Às vezes o silêncio não é silencioso, não é paz interior.
Às vezes o silêncio é um emaranhado de vozes e imagens, que surgem descontroladamente e atropelam uns aos outros.

Mas quantas vezes oportunizamos sentir e ouvir o que se passa no coração e na mente? Isso é algo que precisei aprender e me esforcei para por em prática. Após muitos anos de psicoterapia (sendo paciente, não somente a profissional), entendi que a ausência de espaço para acolher a mim mesma abre margem para que eu me afaste de mim.

Como enfrentar um desafio sem abrir escuta do eu?
Como aprender e encontrar novos caminhos sem entender o que me prende?
Como identificar meus incômodos se eu os escondo com acúmulo de tarefas?
Como dar espaço para o cuidado de si se estou muito ocupada e pouco presente para me ouvir, sentir, acolher, me perceber na bagunça da minha própria mente?

É necessário cautela para prestar atenção nas angústias dos pensamentos e nos desconfortos no corpo. Ao mesmo tempo, é necessário permitir que, hora ou outra, esse emaranhado possa ser percebido e desatado.

O silêncio também pode ser aliado.

🦋 Psicóloga Danieli Gaspari Skowronski CRP 08/32884

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