
Estudamos, aprendemos, trabalhamos para desenvolver o olhar para o ser humano em seus vários aspectos de vida mas, esse movimento não nos trás a permissão de vê-lo em seu íntimo e na sua totalidade. A vida é complexa e muito abrangente, as histórias de vida são contadas a partir do olhar de quem as relata, a nossa leitura de mundo pode estar muito bem afiada, mas as coisas escapam pelos dedos. Temos pontos cegos, não somos oniscientes, e provavelmente não seria possível mesmo se utilizássemos toda a capacidade cerebral ou se chegássemos ao ponto de transcender para outro patamar.
Isso não significa que precisamos limitar nosso autoconhecimento e a autopercepção, muito pelo contrário. Às vezes a questão é lidar com esse fato: quanto mais nos conhecemos, mais coisas novas passam a existir para que possamos conhecer. Estamos em constante atualização. Cada vivência do cotidiano provoca alguma mudança, e com cada vivência do cotidiano provocamos alguma mudança no outro e no mundo.
A aventura reside no processo:
Porque relacionamentos não existem apenas no contexto romântico e de parceria amorosa, o relacionamento existe quando você entra em contato com outra vida.